Para finalizar com linha de raciocínio sobre as Lagartas da Soja, depois de falarmos da Anticarsia, vamos falar sobre a:
Spodoptera:
As lagartas recém eclodidas raspam as folhas e se alojam no cartucho, onde se observa seus excrementos. Pela destruição do cartucho, principalmente na fase próxima ao florescimento, podem causar danos expressivos que se acentuam em períodos de seca. Os danos são maiores quando o ataque ocorre em plantas com 8 a 10 folhas. As lagartas preferem alimentar-se de folhas novas e normalmente encontra-se uma por planta devido ao seu hábito canibal.
Identificação:
frugiperda: Apresentam pontos pretos denominados pináculos distribuídos, em pares, em cada lado dos segmentos do corpo, cada um com uma seta longa. No último segmento abdominal apresenta quatro pontos pretos distribuídos como os vértices de um quadrado. A cabeça apresenta uma figura de um ípsilon invertido;
eridania: as lagartas apresentam a linha por baixo dos espiráculos interrompida ou perde sua intensidade na parte lateral. As manchas triangulares do primeiro segmento abdominal são grandes e aproximadamente de igual tamanho até as do 8o segmento abdominal;
cosmioides: as lagartas apresentam variações de cor desde amarelo- claro a preto, com listras ao longo do corpo. Há listras dorsais amarelas ou ocres, com a área dorsal às vezes mais clara entre as manchas triangulares pretas.
Danos: Esta espécie ataca preferencialmente a vagem, mas também podem ser encontradas atacando as folhas, com hábito semelhante ao da lagarta rosca, espigas e, também, perfurando a base da planta, atingindo o ponto de crescimento e provocando o sintoma de "coração morto", típico da elasmo. Folhas raspadas e perfuradas, cartucho destruído e espigas danificadas. Observam-se excreções das lagartas nas plantas, reduzindo a área foliar das plantas. Favorece o ataque de patógenos. As lagartas perfuram a base da planta, causando o sintoma de "coração morto". A lagarta ataca preferencialmente o cartucho, destruindo-o, principalmente na fase próxima do florescimento. Plantas são cortadas rente ao solo, causando falhas.
Controle: Tratamento de sementes, para controle nas fases iniciais da cultura, e aplicação de inseticidas sistêmicos, que controlam bem a praga quando as condições de suprimento de água são satisfatórias. Em condições de déficit hídrico, os tratamentos anteriores devem ser suplementados com pulverizações direcionadas para a região do cartucho. Recomenda-se o uso de produtos registrados para as culturas.
Depoimento do Arculano (mito e coordenador de campo) comenta: “Para Anticarsia e Spodoptera são utilizados os mesmos produtos da Helicoverpa. Assim vão mais de carona, pois são mais fáceis de serem controladas.”
Referências:
Juntos, fortalecemos o agronegócio com cada semente que plantamos.
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